terça-feira, 18 de outubro de 2011

SENTIDOS

“Percorremos um círculo completo, do túmulo do útero ao útero do túmulo: uma ambígua e enigmática incursão num mundo de matéria sólida prestes a se diluir para nós, tal como ocorre com a substância do sonho.” Joseph Campbell
É plausível de júbilos quando tenho dores estomacais e insônia durante a gestação de um texto e na tentativa de concretizá-lo, acabo por ESCREVER... sobre a tentativa frustrada de... ESCREVER.  Um diálogo sobre nossas incapacidades pode ser cruel ou uma forma de alimentar o ego.
Depois desta punheta... foi bom pra você? Acendo o cigarro, ouço Greatest Hits da Whitney Houston, hoje, domingo, permito-me ser cafona, uma característica cultural, nos outros dias sou professor de história inativo, pseudo secretário de escola e um fake estudante de teatro, viciado em Dramin® e tendo como certeza Freudiana a paixão por ursos.
Esta é a arte que nos move, transformam-nos em heróis da odisséia pessoal e constroem significações para o sentido da vida.
Depois deste parágrafo digno de uma cadeira entre os Imortais da Academia ou proveniente de algum Best Seller de autoajuda, ofereço-lhe dois caminhos possíveis: furar os globos oculares (Édipo?!) ou descobrir o sentido para a SUA vida... as duas opções podem levá-lo a uma “cegueira” libertadora....
O desejo pelos ursinos que provoca estímulos orgânicos para que eu escreva, objetivam existência ou sociabilização?! Sangue, suor e sêmen, assistindo “Julie & Julia” à “Requiem for a Dream”, passando por “O Bebê Santo de Macon” e “Sex and the City”, lendo de Joseph Campbell, Caio Fernando Abreu, Almodovar e Martha Medeiros, para assim edificar paralelos e concepções de um chaser no microcosmo bear.
Um chaser a procura de quantos e quais sentidos ele privou...
Então... posso entrar?
“O herói, por conseguinte, é o homem ou mulher que consegue vencer suas limitações, históricas, pessoais e locais e alcançar formas normalmente válidas, humanas.” Joseph Campbell

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