quarta-feira, 6 de outubro de 2010

MEL DO DRAMA

PRIMEIRAS GOTAS

Determinei o olhar, o virtuosismo do sol não soube rasgar as nuvens assim como teu ácido estomacal odoriza o absorver-me.
A fossa, pútrida, alojou-se no plexo solar, ascendeu da base, do básico.
Kundalini retorcida, exasperada pelo microorganismo que suplantei.
Vontade atendida, autodestruição catártica.
Consuma teu fôlego, falência cardíaca, estocada cênica, por favor goze, por favor, gozo!

FORMAÇÃO CHUVOSA

            FACA
            TÁBUA
            ALMEIRÃO
           
            Enrole cerca de 07 folhas da verdura acima citada, com uma pressão adequada para dissolver o vácuo, posicione-as sobre a tábua, lúdico domínio, sistematizar eliminação.
            Com o auxílio das unhas meça o deslizar da lâmina previamente afiada da faca, também acima citada, olhe para a câmera, sorria, “If you see me walking down the street/ And I start to cry each time we meet/ Walk on by, walk on by”, ele prepara o molho, a máquina centrifuga as meias, o sorriso nunca desaparece, ACREDITAR.
            “Molho ao modo Ricardo”, quem é Ricardo?
            O intestino, peristáltico, molho, meias brancas, jogo americano, pêssego: você subestima-me igual a minha mãe.
            Cortei o dedo, cores complementares, quem é Ricardo? Vou continuar tingindo o almeirão até você responder: QUEM É RICARDO?
            Enquanto isto, ele estende as meias no varal, sem sol!
“Make believe/ that you don't see the tears. Just let me grieve in private 'cause each time/ I see you/ I break down and cry/ and walk on by.”

FLUIDEZ AQUOSA

            Mensageiro dos ventos com ursos de acrílico, eles entoam e seus dedos aderem-se as minhas entranhas. Narro a evolução do circuito elétrico... biologia, escatologia, você assim deseja.
Fonemas divergentes do id, la película comienza:
            Eu absorto em ira, destroço com machado guarda-roupas de mogno;
            Eu vestido de lama, amaldiçoado por pastores televisivos;
            Eu chorando nu, arrancando pedaços de minha carne;
            Eu coma consciente; degustado por sêmen alheio.

            "¡NO HAY BANDA!”

            “Se não tivesse gostado de você, já o teria mandado embora”, entoou o urso de acrílico.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

UMA CRÔNICA LIGEIRAMENTE BIOGRÁFICA, MAIS AINDA LIGEIRAMENTE GAY!

Sexo é patético?

Resolvi escrever já que não o faço no período de dois meses.

Surgiu uma dúvida Hamletiana: melhor fazer ou escrever? Eu gosto das idéias em simbiose, principalmente no MSN, quando escrevo cenas ardentes, dignas do Marques de Sade e nem posso assumir que a revista “Nova” é a minha fonte primeva de inspiração.

Completo 30 dias na realização de uma cirurgia íntima, precisamente: postectomia. O enfermeiro que segurou minhas mãos na hora da cauterização (choques... tinha quase a certeza de que os inventores foram os nazistas... mas para meu espanto, o médico corrigiu-me: - judeus... emudeci) disse que fora uma plástica. Bastou! Meu ego foi restabelecido como a Fênix. Já me imaginei no Dr. Hollywood e toda a elite médica e masoquista vislumbrando os “lindos” e “esteticamente perfeitos” pontos que circundavam meu novo e descoberto...

Importante ainda ressaltar que nunca havia observado-o tanto, dando-lhe júbilos e resplendor por fazer parte de meu corpo. Mesmo roxo, inchado, inflamado, infeccionado, dolorido e sensível, meu urologista fez a ressalva de cunho patriótico e estrategista de que ele, meu falo, era adverso as estatísticas, para ser mais claro... um caso raro devido a ausência de inclinação... mas nem tudo são flores ou geometria.

O melhor é a consulta, a primeira consulta. Seu falo antes mostrado apenas para quem proporcionará prazer, agora será analisado cientificamente. Primeiro medo: a estética do médico, poderá ocasionar efeitos colaterais... controlo-me, ele analisa, e entre perguntas de minha “vasta experiência sexual em vida”, ouço:

-Você já mediu seu pênis?

Tamanho importa?!?!

Mas não há pessoa mais interessada nele do que o urologista, pois com certeza as pessoas com as quais copulei não conversavam comigo enquanto olhava em meus olhos dispondo uma atenção/relação igualitária. Isto para mim foi quase uma prova de amor perpétuo.

Organizado os fatos:

a) O pós-cirúrgico: ficar 30 dias sem ereção,

b) Remédio: deus sabe o que faz, porém, no mundo de Morfeu, os prazeres mais selvagens e inebriantes são vivificados. Então 8 dias após...fui Narciso e o “auto-erotismo’ corrompeu-me...prazer, dor e culpa, mas podia dormir em paz!

c) 30 dias... olho-o, ainda resta um ponto... reflito... penso no urologista... terei de esperar 18 anos para aos 40... então será outra história!




Kall Andrade – 10/03/09

PARA VOCÊ...


Determinados processos de vivência são surpreendentes, mas de uma forma caricata ou precursora de perturbação. Tento colocar os pés paralelos em prol de um equilíbrio benéfico mas por ventura surgem sorrisos despretensiosos dotados de cativante energia jovial... e toda a minha ousada tentativa de ser um outro é devastada. Não...saiba que as mudanças são o que há de melhor em mim e em todo os cosmo (lembrando de todo o processo de surgimento dos planetas e toda a evolução (ou não...) em nossos dias...) causar em essência minha arte e deixá-la em nosso físico é o modo em ação do que você gera em mim. Lábios os quais um sangue fluído acumula-se e sua coloração torna-se intensa, pele branca adocicada não por odores externos, mas sim por sua vivacidade, ingenuidade aliada aos conhecimentos de prazeres subversivos...
Há um engasgo em mim... uma impossibilidade...quando o represento em vida. Interiorizado em minha mente um súbito bem estar apodera-me, enfim estar um... ser um... deveria ser proibido isto... transgressor de cotidiano... ou singelamente o bebê que quero perpetuar em meus braços...tornando-nos HOMENS E HUMANOS.
Estás comigo...beijos

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SUITE (OVERTURE) III

DANÇA NO ESCURO
Kall Andrade
Paródia: Dance in the dark
Lady Gaga, Fernando Garibay
[Intro]Hahaaaa!
Silicone, naftalina, floral absorva-me baby
Eu sou livre, vadia!
Eu sou livre, vadia!

[Verse 1]
Construção inconsciente algo a escalar
Idealismo sem culpa a almejar
Ela cria rótulos pra viver,
pra viver
pra viver
Outro cerne a esconder pra viver,
Pra viver
Pra viver
Pra viver
Pra viver

[Chorus]
Baby, ela dança no escuro
Cega a tudo e a todos ao redor
Baby, ela dança
Ela dança no escuro

[Verse 2]
Busca verdades onde ela não está
Sofismos vulgares ela sempre fará
Ela cria rótulos pra viver
Pra viver
Renascer
Um cerne a esconder pra viver
Renascer
Outro dia morrer.

[Bridge]
No escuro
Baby ela dança no escuro
Hendrix, Zappa, Joplin com passos descalços, dor!
Nada faz sentido quando a causa é o fim
Toda noite em seu quarto, reza sim, reza, enfim
Com suspiro ou gemido, nega sempre seu destino
Quanto à lágrima que cai, ela dança no escuro


SUITE (OVERTURE) II

Escatologia

Kall Andrade
Paródia: Single Ladies
Harrell,Thaddis/Stewart,Christopher/
Kowles, Beyonce/Nash, Terius

Oh escatologia, escatologia (7x)
É ver pra crêr, hey!

Todo filho quer, todo pai gosta
De ver escatologia
Pra que Piaget, se eu tenho a tv
Ignoro a pedagogia
Educador hum, Serra ah!
Vivem sempre a brigar
Prepara pra apanhar, se na sala ele entrar
Por isto do salário a reclamar



Chorus
Sem solução na igreja, pra que rezar
Hanna Montana é exemplo que vou dar
Se bater o ECA vai pegar
Wait minute, agora eu vou chorar
buá buá buá buá...

CHORUS 2
Não, não quero mais ouvir o tal Rousseau
Se engravidar ferrou
Políticas não há, nem pensar
Hoje eu quero adotar, Malawi ajudar
Pro Ibope ganhar, pra revista posar
Manda à didática pastar
Sem fralda pra trocar
Evito até o cabelo arrancar
Camisinha usar
E a Super Nany vou matar.

SUITE (OVERTURE) I

PROPEDÊUTICA

Kall Andrade & Juliana Calligaris
Paródia: Paparazzi
Lady Gaga / Ashley Brooks

Meu cu no varal
Verbalismo mortal
Hipocrisia geral
Arregimento prudente de ações morais
Defeco para os legais
Chá entre crânios
Cheirando a urânio
Complôs e afins
Pesquisem a forma de se por um fim
Gozos em honra só por mim
Por que sempre quero mais

REFRÃO
Tu és meu grande fã
E quero dar-lhe uma chance
Prope prope dêutica
Promessas já não mais
O ego dissolver e sublimar

Teses em vão
Incongruência ou não
Deixar ou levar
Dispor de caminhos que nos façam andar
Blasfemar e humilhar
Avant premier
Tendões a gemer
Pinos a entreter
Bulinando verdades que ninguém quer ver
Excremento quer comer
Então vou lhe dizer


Barulhos, muletas e sensações
Sinopse, ápice, orgulho e ambição,
Marcação escolha o padrão
Boneca inflável nunca diz que não.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

proCRIAção...

“Os olhares incomodam-me, as acusações angustiam-me, os sorrisos deterioram-me...”

PRÉ-COITO
As inconstâncias dominam situações incabíveis que transcorre em vida, para tanto, desmontar particularidades em êxtase, elucidar fragilidades, permear atitudes enamoradas.
Dada a forma que transpareço, um desabafo não verídico... é sublime, sutil, INutil. Incapacitado de profusões mentais...
Ser a representatividade dos sabores alheios, o pronome deixa de existir, subtraído em alguma esquina

COITO
Resquícios de formalidade não afastam a sustentação do olhar. Possui fome, lúdica, infantilizada carnificina de entranhas entregues à função do ejacular. Líquidos, texturas, cores...gênese única.
Ato não precoce, aquele olhar, desconfigurar pureza, despertar gravíssimos testemunhos...nunca mais serei.
Por favor, pare! Não mereço. Sangue, dor, desejo, que este olhar seja meu, ou melhor seja EU, minha versão estúpida e estupradora de sensações juridicamente possíveis.
FOI BOM PARA VC?


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VALIUM...


MOVIMENTO Nº I
Quanto a minha concepção é algo um tanto derivado de instantes mitomaníacos, quando as flores caem por julgarem-se melhores que a matriz... assim nasci.
E o que contar de dias os quais não recordo quando filhote mamífero, Deus não permiti a aquisição de memória, pois seríamos piores que hoje... Lembro-me! Ainda não fiz as orações; oro pelo futuro, eu o consagro a dor da não lembrança. Joelhos!Assim Seja!
Não gostaria de diferenciar-me dos outros animais, deveríamos abrir os olhos, somente, quando soubéssemos valorizar as cores antes ausentes. Não! Nunca discordo de Deus, apenas sugestiono (um segredo dogmático)... Ei! Psiu!Ele não precisa saber de tudo...ou então tornar-se-á carne para saborear a morte...será?!
Imaginei-me ave... em princípio, voar. Mesmo sem aptidão... não apta...ossos quebrados, órgãos perfurados, morrer abaixo, em baixo, de baixo.

MOVIMENTO Nº II
As marcas das feridas desenvolvem-se externamente. OLHE PARA MIM ENQUANTO EU ESTIVER ESCREVENDO!...olhe...olhe...olhe..leia-me; você pode achar alguma casca de ferida aqui...por dentro. Por isto definhamos, excesso de casca na calma, é biológico.
Certas coisas não deveriam crescer... como as unhas, pêlos e o vazio,.
Deus não consegue preencher vazios... Ele os amplia para provar sua existência.
Você deveria interromper-me agora, escutaria sua respiração...

MOVIMENTO Nº III
Não me critiques por responsabilizar minha essência e existência em ti, cristã em retrato divino faço isto com sua imagem e semelhança...
,fim?



FRAGMENTOS...

Tenho uma fenda em que visualizo as entranhas em eterna fuga desta força motriz aterrorizante, nada me faz tão surpreso, nada quanto o acaso do caso.

Um golpe, um conto, um ponto de sorte, se pudéssemos prever o inexistente futuro, seríamos tanto mais avassaladores? Não. Acredito que esta mediocridade é intrínseca, é raiz de finitude incabível.

A pele poderia dissolver, polinizar, em cada partícula desprende-se o todo.

Cair absorto no mar, abandono qualquer movimento que me traga vida... não há necessidade, uma vívida melodia, somos um, somos tudo...ao nada é pertencer.

Não... o sorrir deixa a face, chuva/cloreto de sódio... e arrancar vagarosamente pedaços, por favor, olhe-me!

E O TEMPO NÃO LEVOU...

"Quero ir embora daqui. Não fazem sentidos tantas coisas. Muito menos eu. Não há verdade em torno de mim. É hipócrita. Uma invenção "tosca" de uma mente depravada, doente, ávida por não sei o quê; a âncora fraca que não mais sustenta barco qualquer, à deriva. Completamente à deriva, é isso. A melhor definição: a âncora enferrujou, não era pesada o suficiente, foi desamarrada, inventada, tanto faz. O que importa é que o barco se afastou da margem, do porto, do inerte. Se o vento vem, barco vai, se não, fica. Se chove, molha. Se o mar se assusta, quem tem medo é o barco, que dança, se vira, na iminência de ser tragado pelas ondas. Ainda tenta se manter na superfície, até consegue. Mas a água que o cerca não é segura, não se segura, não se pega, nem se agarra. Ela flui, passa não volta, vai e vem, é traiçoeira, segue seu rumo, mas não leva o barco a um lugar. Tenta engoli-lo, sem fome. Pelo simples prazer de seguir seu ritmo, ignorando qualquer tipo sólido sobre si. Não lhe incomoda o peso do barco. Realmente é insignificante."

"A gente fala da morte tão tranquilamente como se ela estivesse ali, do nosso lado como velha conhecida. E é. Como se não nos causasse aflição. Ou não fosse, de verdade, nos atingir. Por que nos enganamos tão sutilmente? Somos cúmplices numa mentira tão óbvia que é melhor não questionar mesmo. A verdade que me falta por todos os lados, não é necessária aqui. Só uma brincadeira de vida, na qual escolhi ser "café com leite". Quando terminar, alguém me avisa ou se ficar chata, paro de brincar. Às crianças tudo é simples assim. Sábias são elas que não fingem tão inescrepulosamente como nós. Tenho medo." MARIVONE RAMOS...


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ONCE UPON A TIME...

"One breath away from Mother Oceania your nimble feet make prints in my sand
You have done good for yourselves since you left my wet embrace and crawled ashore" OCEANIA/BJÖRK






Tantas vezes achei que poderia expelir meu pranto em encontrar-me e encontrar-te tão só. Senti seu cheiro e percebi meu erro... a dádiva de ter-te. Inalei o adocicado sabor de teu beijo a fim de tornar amarga minha desilusão. Por vezes permiti chegar no limite do quanto fervilha a determinação de amar-te. Mas tenho a decente certeza de que minh'alma treme, expande e determina o regresso... de tantas vezes o significado de ti, perder-se em mim...


TÃO SÓ AMARGO O QUE NÃO TENHO

TÃO SÓ DESEJO O QUE NÃO POSSO

TÃO SÓ A AMPLITUDE É INSIGNIFICANTE

TÃO SÓ EU ME ENCONTRO E TEMO...



terça-feira, 17 de agosto de 2010

PAPAI DO CÉU...


"O melhor é acordar e mesmo com o templo nublado, sua casa com cheiro de mofo e a privada entupida by "Transporting", você desperta e evolui, ri e joga soda...toma chuva cantando "Born to make you happy", dorme com Dramin e sonha com: o trabalho em pagamento de docentes e reuniões psicóticas. Visitar tu madre no final de semana e brigar com ela como se ainda compartilhassem o mesmo espaço, mas quando encontra-se longe a saudade é gritante... nada mais é desesperador que encontrar sua casa quase alagada por que vc esqueceu a janela aberta num dia que aparentemente não iria chove ou então esqueceu seu óculos escuro num dia que aparentemente não iria solar, em seu quarto poder ficar pelado vendo o DVD da Marisa Monte ou cantando junto com a Lady Gaga mas temendo o vizinho novamente gritar por causa do barulho mesmo que aos domingos por volta das 7h30 escute a cama alheia rangendo... lavar a roupa durante três dias devido ao espaço reduzido de varal...fazer uma janta maravilhosa e admirá-la mesmo que solitariamente, engolir todos os acessos de fúria e depois vomitá-lo no palco ou com o primeiro amigo que aparecer e vc simplesmente emitir um “Meu Deus”, ganhar uma nova cicatriz mesmo que as outras não tenham sarado, ler Morangos Mofados e degradar sua mente assim como os personagens, amar-se como nunca mesmo temendo o próximo e compreendendo o cíclico característico da vida...enfim gargalhar quando perder as comprar pela rua e ver o quanto somos ridiculamente felizes... Amém”

EU SEXO, TU SEXAS, ELE SEXA... SERÁ?


Insônia atormentadora, talvez provocada pelas músicas bregas e românticas que infestam as rádios nas madrugada dos amantes e sonâmbulos incorrigíveis. Procuro meu Dramin e como um raio paralisante observo o blister vazio, pondero, estou viciado. Em instantes, este devaneio provocador de olheiras é interrompido com pancadas rítmicas que abalam as estruturas de minha parede e do silêncio sepulcral anterior. Escuto em êxtase, animação crescente... a cama alheia range, o silêncio retoma seu trono e interrompe a tomada da Bastilha. Refaço toda a experiência sonora e percebo que foram menos de 2 minutos! Não mais 11, como o do Paulo Coelho, apenas um e alguma coisa, sem suspiro ou gemidos. Apenas passos, descarga, flatulência, silêncio e ronco suave. Toda esta tragédia secular foi encenada a apenas uma parede, minha casa geminada permitiu que minha imaginação deslumbra-se posições, expressões e brochei. Lembro-me da antiga inquilina que avassalava minhas madrugadas com respirações ofegantes, gemidos e orgasmos digno de cinemateca Almodovariana. O mais importante para o meu estado de euforia absoluta é a sonoridade de todo o processo sexual, ela amplia os sentidos, relata os prazeres e demonstra caminhos. Tanto faz sentido o que digo que, não há filmes eróticos mudos, os produtos desta linhagem artística colocam aquela trilha sonora de sax intercalada a sacanagens sussurradas, que em uma relativa comparação eu prefiro a sessão da tarde e seus filmes dejá vu. Quando pequeno desenvolvi asco ao saber que deveria ser feito o sexo nu e ainda mais com aquela rítmica.Aprendi a dançar.Questionei tabus, em minha primeira vez não havia lençóis de linho egípcio de 400 fios, leve brisa perfumada ao som de uma cantora lírica soprano celebrando um ritual a Hera, pétalas de rosas cobrindo minha pele transpirada de desejo e a pessoa que soubesse todos os pontos, tanto de meu coração quanto de meu corpo, faria em meu ápice atingir a face divina. Na verdade foi bêbado, quase em coma, no banheiro, no primeiro churrasco da faculdade. Assim, criei uma técnica infalível contra arrependimentos, analiso se conseguirei olhar a pessoa após o acme do ato sexual, sim!!! Pois se vejo-me correndo a procura da cueca toda enrolada, tendo de olhar para as intimidades lânguidas e sentir-me decadente como a um casamento, a exercitar papai-mamãe sem emitir pelo menos um obrigado... então volto para casa, tomo meu banho, risco o nome da agenda, adormeço com Dramin e sonho com minha antiga vizinha. ensinando a atual os sons do prazer os quais eu tanto admiro e desejo.

ENTÃO...







então... é alcachofra para estímulo biliar, floral de Bach para "Vc senti a dor do mundo?"; "Não tem auto-estima?"; "tem mágoa de quem?"; "Precisa de caminhos?" ; "Preocupa-se com a opinião alheia?"... e tua mãe ainda diz que vc é mimado... "Sua irmã apanhou horrores, passou até fome e vc não... não tem direito de...nunca faltou nada para vc..." Freud explica... mesmo com a neurociência in voga... Então... pratica todas as conjecturas propostas pelo farmacêutico homeopata e lembra-se da sua ex-psicóloga, destruindo seu ego... ele (o farmacêutico) sugere-lhe..."Arrisque-se, faça teatro com Antunes Filho, o trabalho dele...precisa libertar-se de tua mãe" eu digo... "Mas agora moro sozinho..."... e daí... morar sozinho!!! ser responsável por cada conta e ter as obrigações sanitárias e trabalhista...muda-se algo...então tenha a certeza que em minha visão romantizada... o mundo seria fonte inesgotável de somatização de amor e solidariedade... agora acompanhem-me nesta opi(ácio)nião...temos que construir o conceito (Piageticamente ou Vygostycamente...) que a cada príncipio fundamentor vivenciado galgamos a epsitemologia de correntes psicanalíticas de retórica não-linear, assim os hegelianos hão de concordar no estado sócio que de forma primeva sub-sustentar o desenho expressionista sublimado de id existencial...ou de forma literal "MEU CU NO VARAL..."...sua mãe diz " estas besteiras irão levá-lo a destruição"... penso: "Eu devo ser um vilão de desenho animado"... identifico-me muito com O ELE das meninas super poderosas...androginia... graças ao chá de Catuaba que tomei, para engrossar a voz... o que me é de grande valia, já que agora juntamente com o cigarro meu tom vocal é baixo!!! canto como Elvis Presley...mesmo tendo um corpo mirrado pois não consegui comer Quinua para enriquecer meu metabolismo de proteína...realmente eu precisaria de algo que metaboliza-se minha mágoa... não ficar revivendo, remoendo, recriando situações e pessoas as quais Cristicamente deveria perdoar e que realmente gostaria de vingar-me assim como o personagem de Nicole Kidman em "DogVille" ou de forma mais enérgica como Kill Bill...então... paro e lembro: "Oruborus"... ilusões a parte...desenvolvo um fanatismo contrário aos relacionamentos estabelecidos pela mídia emergente subdesenvolvida... tão fútil e vazia... assim como eu... "love me... love me"... assim que eu fizer a mesma coisa...."love me... love me"... então.. tomo água para anular o meu efeito alcalino levemente cítrico...e café para o constante tesão inapropriado...será que existe vergonha na cara para ser vendido nas melhores farmácias, livrarias evangélicas ou por algum 0800... não venha com violência...
Então... como pré-ocupo-me com a vossa opinião... faça a sua... minha atitude poderá ser democrática... democraticamente Lula, Obama, Osama, Chavez...então...vou almoçar minha merenda escolar...

DEPOIS DE ASSISTIR POLLOCK...


Nada se comporta de maneira mais estrondosa do que olhar para ti e deliberadamente abraçar o vazio que compõe seus olhos. Apesar da minha espera por um resultado plausível em que suas palavras completem algo memorável e que o torne suscetível à decência e moralidade. Novamente você em seus devaneios só deixa mediocridade, sentenciando tua saúde mental a fadar-se em coma. Uma destreza do pensar. Sinceramente, a dor seria maior se sua mente inflada de pranto e demonstrações de fraqueza acomodasse-se em luzes e sons, inebriados por líquidos e sabes que somente há escuridão. Pisas no que julgas, pisas naquilo que desconheces, pisas em minhas entranhas e faça delas o ninho de sua sabedoria. Ai daqueles que se acometem de erros, destroçam seu íntimo e comem a carne jovem. A carne que eu amei, a carne que havia verdade e hoje encontro a essência retorcida. Se o seu olhar varasse meu peito com certeza perderia a amplitude, a fé, o calor. Só tenho medo, ele corrompe a tudo que acredito faz-me homem e mortal, saberei que posso respirar pela manhã, mesmo sendo contra tal afazer. Deixe-me guiar os caminhos, deixe-me ser uno em questão do que não sei. Respirar será fardo leve.

...CARTAS...

Carta a Donata!

Rancaste tua máscara, vi teu ego... infantil e meu maior medo era não conquistar. Minha dor é infindável porque em tua ausência não pude vomitar teus restos recheados de narcóticos. Não pude cravar meus dentes de bicha pobre e caipira em tua pela não flácida embotada de hipocrisia. Mas fui teu amigo, brinquedo erótico de risadas e inebriado pelo odor de teu dinheiro e mundo fétido, engoli teu orgasmo de exploração juvenil... e ao fim acabei e acreditei na beleza da insustentabilidade de teu cigarro a quem agarro-me para que eternamente queime este veneno em mim.

Carta a Colevatti!

As mãos tremem e os sentidos dilaceram, a cor magenta de teus dentes, contamina a cada rosto que eu almejo não ser o seu...Emplacaste o medo de ser humano, é tênue em sua vingança... há uma cicatriz... visível a dor que lateja em todos os momentos em cada aproximação vejo os dedos, os lábios,a voz... disfarçados pelas fragrâncias de decepção como a majestosa cauda de seu símbolo estrelar o qual tremo e desejo.


Boa Noite!

Meu peito expande... chegou a hora talvez... gritar não é o melhor, recusa quando nossa voz é estaca de agouro... quando o coração permite queixas indesejáveis e imagens de solidão, eu clamo assim entre não ruídos, apenas a sombra do comprometimento, que assim deixe me a tua marca... da herança a qual submeto-me, a herança que queima meus dedos destroçados, a herança hereditária em gênese.
Raio que divide a lama mutilada e em fé, preço carnal, pecado que confio... atormentado... atormentado... atormentado... a dor... aumentado... a dor... a dor....


ANTROPO(MORFA)GIA...


Datas comemorativas inspiram-me a escrever algo... qualquer baboseira é melhor que frases de Feliz Natal e Próspero Ano Novo... estou cansado de pensar que energias alheias possam influenciar minhas ações presentes...não quero acreditar que meu braço cortado após o espetáculo tenha relação com o pulso quebrado de Fátima antes do espetáculo, não quero acreditar que a cada ano tornamo-nos mais mesquinhos, arrogantes, presunçosos, preguiçosos, melosos, invejosos , orgulhosos e para quebrar a rima, hipócritas... aprimoramos nossos defeitos pois eles são mais fáceis de serem enxergados pelo próximo, assim, teremos destaques e acionamos o julgar... Quebramos o espelho... da alma... uma poesia de vestibulando e que se utilidade tivesse...
Este ano retomei amizades...(pausa para rir e praticar bulimia), considerar me assessorado psicologicamente por alguém de 16 anos é bizarro, um tanto digno de algum sentimento acima citado... ou então maiores de idade tendo confusão de identidade e acharem que sou ingrato ou algo que nem quero perder meu tempo ou sono a base de sexo solitário ou cansaço para análise da gênese... ou perceber que seus sonhos são armas poderosas de revelação... tanto da não apresentação de um espetáculo/última sacanagem da sua ex-amiga (o qual vc não acredita, pois não considera o ser humano tão baixo, bem! agora considero!).
Adoro minha vida... posso escrever sobre ela... torná-la excitante, interessante, contagiante... ou então... bem ante... ant... anta...inté... anti-aéreo/anti-democrático/anti-coitadinho/anti-vítima/anti-mal amado (oops!cometerei “auto-suicídio”...) ah tenho defeitos... e adoro enumerá-los... mesmo minha mãe fazendo questão de revisar e acrescentar alguns... (“Vamos comer Freud”... melhor que Caetano) agora está em voga über in it fashion... arrancar olhos... primeiro afundá-los com os polegares...depois com suas unhas super bem feitas vc irá procurá-los na órbita craniana...depois leria todos os livros do Dan Brow e série Crepúsculo com meu tom baixo de ser ( a voz.. não as atitudes).
Quero dar um desfecho elegante... clean e tão fake quanto “livraria do conhecimento” (precisava exorcizar... melhor que enfiar um crucifixo nas entranhas – nova pausa para dilacerar meu rosto no arame farpado e logo depois mais alguns minutos de bulimia).
Amo a todos que lêem e convivem comigo ou conviveram... perdão vos peço e prometo que serei melhor no próximo ano...qual ano...
Enfim... nada melhor pra dizer ou ser... Feliz Natal (já foi...ai saco!sorry...)e Próspero Ano Novo!

Meu cu no varal!!!

MINHA PRIMEIRA CRÔNICA

Resolvi escrever uma crônica por achá-la ideologicamente fácil (hum?!), meu instinto literário, meu id didático... diz que crônica é escrever sobre algo banal tornando-o de importância supra sumo, e com certeza o que mais desejamos hoje para abastecer nosso intelecto são banalidades, apenas por ser mais rápida a digestão sem a necessidade do bicarbonato de sódio com limão (ENO de pobre), ou como minha chiquérrima mãe diz: Champagne subdesenvolvida, mas gosto mais do ápice “Espumante genérico oriundo de partes globais em desenvolvimento”.
Meu primeiro tema é o Natal, quantas campanhas publicitárias e matérias nos diversos espaços de comunicação exercitam o fascínio e despertam nosso amor pelo Papai Noel, ele que em questão de espaço na mídia deve apenas perder para Madonna, pena que ele não seja “like a virgin” mas tenho quase certeza que seja uma “material girl”...
Eu imaginei se por acaso ele (o Papai Noel) fosse capa destas revistas para o público feminino ( que todo mundo lê, ou melhor o lado feminino de todos) ex.: Cláudia, Nova (estas revistas que em geral publicam informações sobre moda, beleza, sexo, trabalho... será que nossa vida resume-se a isto...aí meu Deus... vou tomar meu floral...) numa matéria bombástica: “Papai Noel: gordo ou magro? Índice de Massa Corporal do Bom Velinho poderá influenciar seu filho a desenvolver obesidade”. Coitado do Noel , entraria em depressão, desenvolveria distúrbios alimentares (poderia escolher entre bulemia ou anorexia) e iria ser internado numa rehab em dupla com Amy Winehouse “They tried to make me go to rehab But I said ho, ho, ho”. Na verdade eu nunca entendi esta risada, ho ho ho... o mais usual é hahaha, hehehe, até hihihi agora hohoho. O Papai Noel talvez tenha problemas de rejeição e desenvolveu algum traço de revolta social e criou uma identidade de destaque, algo como um emo geneticamente modificado pólo nortista (Jung ajude me!!!), em vez de cabelo nos olhos, uma barba gigantesca, em vez do preto o vermelho, em vez de viado as henas.
Eu acredito no Papai Noel como um ser mágico no qual democraticamente podemos criá-lo da forma pela qual gostaríamos, tendo como mote nosso segmento social, cultural e sexual. A partir deste princípio o Noel na maioria dos casos teria um tórax robusto e definido, uma barriga que grita para que lavemos nossas peças íntimas em seus gomos, braços com tatuagens de dragões chineses apenas no bíceps... o problema é que todos iriam sentar-se em seu colo e teriam atitudes convulsivas. A maioria dos pedidos seriam noites natalinas intermináveis e muitos orgasmos em vez de Peru Sadia, assim renasceriam o espírito natalino do amor e SATISFAÇÃO.
Mas mudando o assunto de peru para pinto, voltemos a falar do orgasmo, uma vez eua creditei que tivera orgasmo duplo e fui contar para a “amiga mais experiente” a nossa sempre e eterna personal Marta Suplicy. Ela retrucou num ato colérico que só mulher pode ter orgasmo duplo ou até mesmo elevado a décima potência. Você veja o que estas revistas para o “público feminino” fazem, tornam as esgoístas, como nunca as mulheres tiveram nada que pudessem desenvolver um ego no processo histórico, agora querem monopolizar o orgasmo... só elas tem ponto g... só elas possuem vários lábios... resolvi então presentiar minha amiga com o “SUPER NOEL SEXY INFLÁVEL” para que ela possa ter seus malditos e egoístas orgasmos duplos...
Mas de volta ao bom velinho e ao Natal, que todo vós tenhais um ótimo 25 de Dezembro com mesas fartas de equilíbrio e paz... antes que o Noel descubra seu lado feminino e resolva ler alguma daquelas revistas e inicie um regime dentre os milhares publicados: regime do chá, da sopa, do tomate, da lua, da proteína,da fome, ou então parta para a sibultramina e fluoxetina, aí sim ele cantará “They tried to make me go to rehab But I said ho, ho, ho”

CHOVER NO MOLHADO...


‎..."Well it's the same old fucking story"...


mais um entre milhares, mais um a concordar com o todo... mais um... e mais um e mais um...

aqui a masturbação é simples e direta, a procura do gozo intenso... recôndido do habitat, apodreci pq resolvi me olhar de forma mais cruel...e nesta alucinação uma pária lançou-se aqui...