terça-feira, 17 de agosto de 2010

MINHA PRIMEIRA CRÔNICA

Resolvi escrever uma crônica por achá-la ideologicamente fácil (hum?!), meu instinto literário, meu id didático... diz que crônica é escrever sobre algo banal tornando-o de importância supra sumo, e com certeza o que mais desejamos hoje para abastecer nosso intelecto são banalidades, apenas por ser mais rápida a digestão sem a necessidade do bicarbonato de sódio com limão (ENO de pobre), ou como minha chiquérrima mãe diz: Champagne subdesenvolvida, mas gosto mais do ápice “Espumante genérico oriundo de partes globais em desenvolvimento”.
Meu primeiro tema é o Natal, quantas campanhas publicitárias e matérias nos diversos espaços de comunicação exercitam o fascínio e despertam nosso amor pelo Papai Noel, ele que em questão de espaço na mídia deve apenas perder para Madonna, pena que ele não seja “like a virgin” mas tenho quase certeza que seja uma “material girl”...
Eu imaginei se por acaso ele (o Papai Noel) fosse capa destas revistas para o público feminino ( que todo mundo lê, ou melhor o lado feminino de todos) ex.: Cláudia, Nova (estas revistas que em geral publicam informações sobre moda, beleza, sexo, trabalho... será que nossa vida resume-se a isto...aí meu Deus... vou tomar meu floral...) numa matéria bombástica: “Papai Noel: gordo ou magro? Índice de Massa Corporal do Bom Velinho poderá influenciar seu filho a desenvolver obesidade”. Coitado do Noel , entraria em depressão, desenvolveria distúrbios alimentares (poderia escolher entre bulemia ou anorexia) e iria ser internado numa rehab em dupla com Amy Winehouse “They tried to make me go to rehab But I said ho, ho, ho”. Na verdade eu nunca entendi esta risada, ho ho ho... o mais usual é hahaha, hehehe, até hihihi agora hohoho. O Papai Noel talvez tenha problemas de rejeição e desenvolveu algum traço de revolta social e criou uma identidade de destaque, algo como um emo geneticamente modificado pólo nortista (Jung ajude me!!!), em vez de cabelo nos olhos, uma barba gigantesca, em vez do preto o vermelho, em vez de viado as henas.
Eu acredito no Papai Noel como um ser mágico no qual democraticamente podemos criá-lo da forma pela qual gostaríamos, tendo como mote nosso segmento social, cultural e sexual. A partir deste princípio o Noel na maioria dos casos teria um tórax robusto e definido, uma barriga que grita para que lavemos nossas peças íntimas em seus gomos, braços com tatuagens de dragões chineses apenas no bíceps... o problema é que todos iriam sentar-se em seu colo e teriam atitudes convulsivas. A maioria dos pedidos seriam noites natalinas intermináveis e muitos orgasmos em vez de Peru Sadia, assim renasceriam o espírito natalino do amor e SATISFAÇÃO.
Mas mudando o assunto de peru para pinto, voltemos a falar do orgasmo, uma vez eua creditei que tivera orgasmo duplo e fui contar para a “amiga mais experiente” a nossa sempre e eterna personal Marta Suplicy. Ela retrucou num ato colérico que só mulher pode ter orgasmo duplo ou até mesmo elevado a décima potência. Você veja o que estas revistas para o “público feminino” fazem, tornam as esgoístas, como nunca as mulheres tiveram nada que pudessem desenvolver um ego no processo histórico, agora querem monopolizar o orgasmo... só elas tem ponto g... só elas possuem vários lábios... resolvi então presentiar minha amiga com o “SUPER NOEL SEXY INFLÁVEL” para que ela possa ter seus malditos e egoístas orgasmos duplos...
Mas de volta ao bom velinho e ao Natal, que todo vós tenhais um ótimo 25 de Dezembro com mesas fartas de equilíbrio e paz... antes que o Noel descubra seu lado feminino e resolva ler alguma daquelas revistas e inicie um regime dentre os milhares publicados: regime do chá, da sopa, do tomate, da lua, da proteína,da fome, ou então parta para a sibultramina e fluoxetina, aí sim ele cantará “They tried to make me go to rehab But I said ho, ho, ho”

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